Não imaginei que um dia voltaria a escrever uma resenha, achei que essa fase havia ficado para trás, mas após ler Midnight Sun e ficar com uma baita ressaca literária, soube que precisava vir falar sobre ele.
Eu já começo nosso contato dizendo: é o melhor livro da série e me dói saber que não teremos mais dessa história sobre o ponto de vista do Edward.
Imaginei que após todos esses anos, conhecendo os acontecimentos e sendo capaz de enxergar a trama com uma mentalidade mais madura, eu não fosse nem me importar tanto, mas o fato é que ou você ama ou você odeia Crepúsculo, e eu me vi mais uma vez completamente apaixonada pelo enredo que Stephanie Meyer desenvolveu.
Nostálgico. Mágico. Juro que me faltam palavras para descrever.
Após finalizar a leitura no meu Kindle, precisei adquirir o exemplar físico só para poder segurar nas mãos toda aquela emoção.
Livro: O Sol da Meia-Noite (Midnight Sun)
Autora: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Páginas: 727
Sinopse: Um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos tempos, a saga Crepúsculo narra a icônica história de amor de Bella Swan, uma garota tímida e desastrada, que acaba de mudar de cidade, e Edward Cullen, um rapaz misterioso que esconde um segredo aterrorizante: é um vampiro. Desde a primeira troca de olhares, ele fez tudo para ficar longe dela, mas e se as coisas não tiverem acontecido exatamente assim?
Até agora, os leitores conheceram essa trama inesquecível apenas pelos olhos de Bella. No aguardado Sol da meia-noite, vamos testemunhar o nascimento desse amor pelo olhar de Edward, mergulhando em um universo novo, sombrio e surpreendente, cheio de revelações.
Conhecer Bella foi o que aconteceu de mais irritante e instigante em todos os anos de Edward como vampiro. À medida que conhecemos detalhes sobre seu passado e a complexidade de seus pensamentos, conseguimos entender por que Bella se tornou o eixo central de uma batalha decisiva em sua vida. Como Edward poderia seguir seu coração se isso significava colocar a amada em perigo? Do que ele seria capaz de abrir mão?
Em Sol da meia-noite, Stephenie Meyer faz um retorno triunfal ao universo de Crepúsculo e nos transporta mais uma vez para Forks, convidando-nos a revisitar cada detalhe dessa história que conquistou milhões de fãs em todo o mundo. Em meio a uma paixão cercada de perigos sobrenaturais, vamos descobrir como Edward encara seus prazeres mais profundos e as consequências devastadoras de um amor proibido e imortal.
Resenha
“Minha vida era uma meia-noite constante e interminável. por necessidade, sempre seria meia-noite para mim. Então como era possível que o sol estivesse raiando em meio a minha meia-noite?”
Nós nos encaramos por um momento, enquanto eu processava o fato de que, assim como ela era meu primeiro amor, de acordo com isso, eu também era sua primeira… paixão, no mínimo… Esse alinhamento me agradou de uma forma estranha, mas também me incomodou. Certamente esta era uma forma distorcida e doentia para ela começar a vida romântica.
“Continuei encarando-a nos olhos, sentindo que finalmente tive meu primeiro vislumbre verdadeiro de sua alma... ela era altruísta. Ao perceber isso, o mistério da pessoa escondida dentro daquela mente silenciosa começou a clarear um pouco.”
“... percebi como seria fácil me apaixonar por Bella. Seria como cair, não era preciso esforço. Não me permitir amar Bella seria o oposto...”
E sobre esse ponto, que narrativa rica! A mente de Edward é tão complexa, profunda e inteligente. É incrível ver sua linha de pensamento, o quanto de informação recebemos, sem nem ter se passado um segundo na história. E se pensa que isso torna a história monótona, nem pensar... A autora conseguiu dosar perfeitamente a ação e os devaneios do personagem.
“... Por um segundo eu vi Perséfone com a romã na mão, condenando-se ao submundo. Aquele seria eu? O próprio Hades cobiçando a primavera, roubando-a, condenando-a a noite sem fim... Cada palavra que dizíamos, cada uma delas era mais uma semente de romã...”